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Expansão profissional


por Alexsandro Vanin

Governo federal e instituições investem na ampliação das vagas e na qualidade do ensino profissionalizante e tecnológico

Presidente Lula visita sala de aula da Unidade de Ensino Descentralizada de Inhumas, vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás

Em 1809, Dom João VI, então Príncipe Regente de Portugal, após a suspensão da proibição de funcionamento de indústrias manufatureiras no Brasil, criou o Colégio das Fábricas. Cem anos depois, o presidente Nilo Peçanha dava início à rede federal de ensino profissional ao criar 19 escolas de Aprendizes e Artífices – ato precedido por algumas sociedades civis, que tomaram a iniciativa de fundar Liceus de Artes e Ofícios na segunda metade dos anos 1800. Mas foi necessário mais um século para que a modalidade recebesse a atenção merecida pelo seu papel no desenvolvimento econômico e social do País (veja a matéria “Técnico empreendedor”, publicada na edição 178, em agosto).

O governo federal deu início em 2005 a um verdadeiro renascimento da rede federal de ensino profissional e tecnológico, com a construção de 214 unidades até o ano que vem – para se ter uma ideia, até 2002 existiam apenas 140 escolas. A expansão implica investimentos totais de R$ 1,1 bilhão, e deve aumentar o número de vagas das atuais 215 mil para 500 mil. O acesso à modalidade também é ampliado por ações como o programa Brasil Profissionalizado (modernização e a expansão das redes estaduais de ensino médio integradas à educação profissional), o sistema Escola Técnica Aberta do Brasil (cursos a distância) e o acordo com o Sistema S. “As empresas enfrentam sérias dificuldades para contratar mão-de-obra treinada e qualificada. É o momento de dotarmos nosso país de uma rede de educação profissional e tecnológica capaz de dar conta dos desafios que o mundo exige”, afirma o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Moreira Pacheco. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informações da assessoria de imprensa, o mais importante é que agora o jovem não tem que sair do interior para as capitais para poder estudar e aprender uma profissão. Segundo dados do MEC, 74% dos alunos do ensino técnico trabalham na região em que se formaram. A maioria é de origem humilde, cujos pais não têm sequer o ensino fundamental.

A expansão também atende a uma demanda da população. O Censo Escolar 2009, elaborado pelo MEC, demonstrou que as matrículas em educação profissional são as que mais crescem no País. A modalidade teve aumento de 14,7% no número de matrículas em relação ao ano anterior (sendo 19,6% em cursos concomitantes ao ensino médio e de 10,5% nos subsequentes), enquanto a educação básica como um todo registrou acréscimo de 0,4% e no ensino médio regular a variação foi estatisticamente nula. Já nos cursos profissionalizantes de nível superior (educação tecnológica, oferecida no Brasil desde 1994), conforme dados do MEC apurados em censo específico, foi verificado em 2007 um aumento de 24,8% no número de matrículas em relação ao ano anterior. A procura é grande em razão da alta empregabilidade proporcionada por esses cursos (confira os índices e razões na matéria da edição anterior) e das deficiências do ensino médio regular. “Esta etapa da educação básica, em muitos casos, virou um preparatório para o jovem entrar na faculdade, e não para ele sobreviver na faculdade”, diz Alexandre Loures Barbosa, coordenador da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETE), de Santa Rita do Sapucaí (MG).

Qualidade internacional

Mas de nada adianta ampliar o número de vagas se a expansão não vier acompanhada de qualidade do ensino. Para Pacheco, a qualidade dos institutos federais é inquestionável, é a melhor rede de ensino do País, segundo avaliações como Enem e Enade. “O desafio é manter este padrão, e isto exige dignidade salarial para professores, investimento de recursos na infraestrutura e seleção criteriosa e capacitação de professores.” A aceitação no mercado de trabalho é outra referência. Daniel de Souza Maria, formado no curso superior de Tecnologia em Processos Gerenciais há cerca de um ano no Senac/SC, por exemplo, é aposta da empresa onde trabalha. Atualmente, ele faz pós-graduação em São Paulo e se prepara para desenvolver um dos setores da organização. “Durante as aulas conseguimos relacionar a teoria com a prática da profissão, isso facilita o aprendizado. Quando chega ao mercado, o tecnólogo está pronto para aplicar o que aprendeu no curso.”

Estudantes do Sistema S ainda passam por outra avaliação. Os melhores do Brasil participam do WorldSkills, a maior competição global de educação profissional e tecnológica. Na última edição, realizada de 1º a 7 de setembro, em Calgary, no Canadá, os brasileiros ficaram em terceiro lugar no quadro de medalhas, com quatro ouros, quatro pratas, dois bronzes e cinco diplomas de excelência, perdendo apenas para a Coreia do Sul e Irlanda. Na pontuação geral, liderada pela Coreia do Sul (524,62), o Brasil ficou em quarto lugar, com 519,20 pontos, e por nove décimos não ultrapassou a Suíça (520,09) e a Irlanda (519,64), o que lhe daria a segunda posição – a mesma conquistada no ano passado, apesar de um número menor de medalhas. Vale ressaltar que a delegação nacional disputou apenas 20 das 45 modalidades da competição.

“O evento reuniu os melhores estudantes de cada país e resultou numa demonstração de esmero profissional, da competência e da capacitação”, ressalta o presidente do Sistema Fiesc, Alcantaro Corrêa, que esteve em Calgary. Segundo ele, o resultado alcançado pelo Brasil comprova que o modelo de educação profissional adotado é muito bom, tanto é que o Senai está transferindo tecnologia para vários países, entre eles Guatemala, Cabo Verde, Angola, Timor Leste, Guiné-Bissau e Paraguai, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A unidade catarinense, por exemplo, acompanha o projeto e construção do Instituto Técnico de Capacitación y Productividad (Intecap) em Huehuetenango, na Guatemala, e fará a gestão compartilhada do centro nos primeiros dois anos.

Quem também tem formação técnica e passou pelos bancos escolares do Sistema S é o atual presidente do Brasil, que em discurso para formandos do Primeiros Passos (programa de qualificação profissional na área de turismo e construção civil destinado a jovens e mulheres de baixa renda), no Rio de Janeiro, declarou ser um exemplo vivo da importância do ensino técnico. “Graças ao curso que fiz no Senai fui o primeiro de oito irmãos a ter um emprego com carteira assinada, o primeiro a poder adquirir bens como televisão e carro. Por experiência própria, conheço o inestimável valor do ensino técnico e é por isso que me empenho em proporcionar essa oportunidade a todos.”

Linha Direta:

ETE: www.ete.g12.br
Senac/SC: www.sc.senac.br
Senai: www.sc.senai.br
Setec/MEC: www.mec.gov.br

 

 

VAGNER FERNANDES DAVID  Pride Commerce  |  www.pridecommerce.com  |   11 9766-8986  |  18 9781-2575 |  18 8806-8356

 

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