A taxa Selic passou de 12,75% para 11,25%, refletindo o que vários economistas haviam apontado: a queda de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levaria a uma redução ainda maior da Selic.
"Avaliando o cenário macroeconômico, o Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 11,25% a.a., sem viés, por unanimidade. O Comitê acompanhará a evolução da trajetória prospectiva para a inflação até a sua próxima reunião, levando em conta a magnitude e a rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementado e seus efeitos cumulativos, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", diz a nota do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Na última segunda-feira (9), o boletim Focus, do BC, que mostra semanalmente projeções de analistas de instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, divulgou que os analistas de mercado previam uma redução de 1 ponto percentual.
A redução foi de 1 ponto percentual na reunião anterior, em janeiro. Na ata dessa reunião, o comitê indicou que iniciava um processo de flexibilização da política monetária, ou seja, de redução dos juros básicos.
A taxa de juros é o principal instrumento que o BC tem para controlar a inflação. Se os juros caem, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais, com possibilidade de pressionar os preços.
Mas, como a demanda por consumo está baixa em todos os países, e os preços das principais commodities, produtos básicos com cotação internacional, também estão em baixa, os analistas de mercado não vêem sinais de eventuais pressões inflacionárias.
Nem mesmo o corte de 1,5 ponto porcentual na taxa básica de juros determinado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, foi capaz de tirar o Brasil da liderança do ranking dos países com maiores juros reais. De acordo com os cálculos da UPTrend Consultoria Econômica, com o corte de ontem, a taxa real brasileira é de 6,5% ao ano, levando-se em conta uma inflação projetada de 4,5% para 2009. O segundo lugar no ranking é ocupado pela Hungria, com taxa real de 6,2%; seguida pela Argentina e China, ambas com 4,3%, e na quinta colocação a Turquia (3,5%).
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