Todo empreendedor busca algum tipo de independência; e no
e-commerce o sonho de “ser seu próprio chefe” se realiza todos os dias.
Muitos começam devagar, sem abandonar seus empregos, mas esperando para
se dedicar exclusivamente a loja virtual. E quando chega o momento,
surge a dúvida: devo formalizar minha loja?
O lojista que aposta no crescimento do e-commerce deve ter um CNPJ.
Este é o primeiro passo para organizar a empresa, pois o registro formal
abre portas para diversos serviços como conta bancária empresarial,
acesso a financiamentos, contratos com transportadoras e outros
fornecedores, sem contar a garantia de todos os direitos e benefícios
legais.
Qual caminho seguir?
Para quem fatura até R$ 60 mil por ano, o ideal é optar pelo registro MEI – Micro Empreendedor Individual. O processo de cadastro é realizado gratuitamente pela internet.
Mensalmente, o MEI paga uma guia de impostos com valor fixo em torno de
45 Reais, independente de quantas notas fiscais emita. Esta modalidade é
isenta de tributos federais como Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e
CSLL.
O cadastro no MEI formaliza o lojista como empresário, com todos os
benefícios assegurados pela previdência: auxílio doença, aposentadoria
por idade, salário maternidade, pensão e auxílio reclusão. É importante
lembrar que nesta categoria não é permitido ter um sócio, mas é possível
contratar um funcionário com valores diferenciados para pagamento dos
tributos: 3% de previdência e 8% de FGTS do salário mínimo por mês.
O MEI também pode solicitar um alvará de funcionamento para a empresa
– necessário mesmo para quem trabalha de casa – e não precisa de
contador. Ainda assim, o governo oferece assessoria contábil por um ano
para os microempreendedores. Esse serviço é presencial e oferecido em
todo o País.
O MEI não tem atividade relacionada a e-commerce
Uma das grandes dúvidas dos lojistas é que ao buscar o MEI como
solução para a formalização, não encontram exatamente a atividade
exercida como e-commerce ou varejo online – comércio eletrônico.
Entretanto, o lojista exerce o papel de comerciante, portanto pode ser
formalizado desta forma de acordo com o produto que vende. Por exemplo:
Comerciante de artigos de vestuário e acessórios, para os lojistas que
trabalham com roupas e acessórios.
Cresci, e agora?
Quando a loja passa a faturar mais de R$ 60 mil no ano, o próximo
passo é aderir ao regime Simples ME (microempresa). Este modelo permite
que o empreendedor tenha um sócio, mas aumentam os custos, pois torna-se
necessário um contador para formalizar não apenas a empresa, mas o
contrato social, nome fantasia, inscrição municipal e estadual, alvará
de funcionamento e registro no sindicato que é obrigatório.
De qualquer forma, o CNPJ só traz benefícios. O consumidor dá
credibilidade à loja, pois entende que há respeito pelas leis, e
logicamente, pelos clientes também.
0 Comentario "Vale a pena formalizar a sua loja virtual?"
Postar um comentário